sábado, 4 de maio de 2013


ABERTURA PARA OPINIÕES. 


FEIRA DA MADRUGADA – PÁTIO DO PARI

A Feira da Madrugada, localizada no Pátio do Pari, Brás, é alvo de nova investida do Poder Publico. A Feira em 2011 foi fechada pelo Prefeito Kassab com a alegação de ali existia somente bandidos, e usou de uma força tarefa para fechá-la, usando a pirataria para fundamentar a ação realizada.

Mas, como posteriormente ficou constatado, uma das finalidades da operação foi o inicio de uma enorme ação de corrupção dentro da feira, acobertado pela legalidade arrumada pelo Poder Publico.

Todas as ações de desmando dentro da feira, foram heroicamente suportadas pelos comerciantes, sentiam no seu intimo que a feira estava doente e estava se acabando devagarzinho, todos sabiam do seu fim, se nada fosse feito, mas como dependiam de seu funcionamento para levarem para casa o sustento da família, nada faziam, houve até certo acomodamento.Todos sabiam que de uma hora para outra, algo de extraordinário iria acontecer, e aconteceu.

A Prefeitura acuada pelo Corpo de Bombeiro e Ministério Público, que intimaram o Prefeito, cobrando dele uma atitude para acabar com a insegurança dentro da Feira da Madrugada, estabeleceu dez dias para tomar as devidas providencias, sob a hipótese de arcar com todo o ônus de um possível acidente, como o acontecido no sul do País.

Segundo o Prefeito, em reunião com os representantes da feira , realizada no dia 03 de maio, no seu gabinete, alertou todos os presentes que, se dependesse da sua vontade, resolveria os problemas da melhor forma possível, sem quaisquer incomodo aos comerciantes, mas o MP e o Bombeiro são irredutíveis, pedem o fechamento da feira, diante da impossibilidade de realizar as adequações com a feira funcionando, ficando o Executivo sem ter o que fazer senão obedecer a intimação integralmente.
  
Assim, a determinação de fechar a feira para as adequações continua e se nada mudar deverá acontecer no dia 09/05/2013, no entanto e diante dos pedidos dos comerciantes em nome de mais de 15.000 pessoas que dependem diretamente da feira, agendou uma reunião do grupo com o Corpo de Bombeiro, para juntos estudarem uma possibilidade de realizar as adequações necessárias, sem que a feira pare de funcionar.   

Na reunião, foi colocado ao Prefeito a preocupação dos comerciantes, diante das experiências do passado, se saírem do local, não mais serão reintegrado aos seus locais de trabalho. Fato prontamente rechaçado pelo Prefeito que deu sua palavra, que afirmou: “que vale mais que muitas assinaturas...”, que a suspensão das atividades do local por 60 dias, tem a finalidade única de sanar as irregularidades quanto à segurança do local, exigidas pelo MP, que após o termino do trabalho, todos terão seu local de trabalho devolvido, com segurança para quem trabalha e para quem realiza as suas compras, será redigido um memorando onde explicará os fatos e reafirmará sua posição e compromisso de entregar o local após o termino dos trabalhos.

Na reunião, o Prefeito colocou que deslocará verbas para a reparação da parte hidráulica e elétrica da feira, assumindo o ônus financeiro da adequação.

Lembrou que os comerciantes poderão formar uma comissão, composta de representantes das associações existentes na feira, com a finalidade de acompanhar o andamento das obras. 

Pronto. Novamente os comerciantes da Feira da Madrugada terão que suportar os prejuízos, e sozinhos, sem qualquer ajuda ou compreensão, pois segundo relatado na reunião, não existe a possibilidade de deslocar os comerciantes para outro local provisoriamente, ou seja, todos, os comerciantes e seus funcionários, terão que se virar para levar para casa o seu alimento, serão 60 dias, para quem tem de onde tirar o seu alimento de cada dia, serão poucos dias, mas para aquele que se viu de uma hora para outra sem trabalho, serão longos dias, intermináveis dias e mais, como explicar em casa a situação, como convencer seu filho que deve aguentar 60 dias firmes, sem reclamar ou se revoltar, que depois dos 60 dias, tudo ficará melhor.

Ora, hoje se fala que devemos se preocupar com a segurança e a vida das pessoas, a parte financeira não tem tanta importância diante dos fatos. Também concordamos que a vida é mais importante, é o bem mais valioso que temos.

É muito bonito e filosoficamente maravilhoso a fala, para quem está de barriga cheia, fica de barriga vazia, com sua família passando necessidades, o seu filho que até ontem tinha, não fartura, mas não tinha necessidade do básico, o seu pai trabalhava na feira da madrugada e levava para casa muitas coisas boas.Porquê não leva mais, o que aconteceu? Perguntará ele por esses dias. Responderei - Não sei, pessoas entendidas dizem que devo ficar sentado esperando eles me devolverem o que é meu, o que é seu, o meu trabalho, me encostaram de uma hora para outra, nada pude fazer, nem conversar por uma solução boa para todos, não houve preocupação com a nossa situação.

Direi ao meu filho e família que as coisas são assim mesmo, enquanto o seu pai trabalha tem pessoas que estão discutindo a situação - não dá para o pai entender muito, mas deve ser algo sobre as nossas vidas e dos companheiros que estão na mesma situação.

Direi:
FILHO, VAMOS ESPERAR, NÃO VAMOS DESANIMAR, EXISTE NA CIDADE DE SÃO PAULO O PROGRAMA DE METAS E SÃO 100, O PREFEITO GARANTE QUE CUIDARÁ COM CARINHO DAS PESSOAS DA CIDADE, ELE ASSUME em um dos tópicos:

O tema 1 – compromisso com os direitos sociais e civis, tem como objetivo 1 – Superar a extrema pobreza na cidade de São Paulo, elevando a renda, promovendo a inclusão produtiva e o acesso a serviços públicos para todos.

Diante de tão elevado compromisso, entendo que a Prefeitura, o Corpo de Bombeiro e o MP, poderiam considerarem que todos, na feira, ficaram janeiro, fevereiro e março a míngua, sem nada ganhar, mas gastando, assumindo divida, com fornecedores, funcionários, diretos e indiretos, se preparando para as vendas do dia das mães, todos estão abarrotados de mercadorias para vender nesse dia, mas a feira estará fechada, não terão a quem vender a sua produção, mas terá as contas para pagar, o que fazer?

Senhores, autoridades relacionadas com os fatos, o fechamento foi determinado para o dia 09/05/2013, o dia das mães é no dia 11/05/2013, foi pedido ao Sr. Prefeito a mudança do dia de fechamento para depois do dia das mães, dando assim oportunidade dos comerciantes de diminuir o seu sacrifício, pois se assim não for feito, o comerciante alem de ter o seu local de trabalho fechado, ficando sem qualquer ganho durante 60 dias, ficará com uma divida que assumiu e esperava saldá-las com as vendas do dia das mães, porque não pensar nas dificuldades dos comerciantes e principalmente de todos os sacrifícios que terão que suportar com a sua família e prorrogar o fechamento para mais tarde? E assim diminuir o sacrifício de todos.

Não poderão, os poderes envolvidos nos fatos, alegarem ser impossível atender o pedido dos comerciantes, de mudar o dia da desocupação para a semana seguinte ao dia das mães. Assim agindo estarão mostrando que estão preocupados, sinceramente, com o bem estar de todos, pois é um caso de humanidade e ficará bem claro a preocupação do poder público com os interesses da população.

Senhores, caso não seja mudado a data da desocupação, estará acontecendo uma enorme injustiça com os comerciantes da feira, que alem de ficarem sem trabalhar e portanto sem ganhar por 60 dias, terão que arcar com as dividas, já assumidas, que pagariam no dia das mães, causando um enorme transtorno a todos.

OBS: Temos que levar em conta que o local funciona com todos os problemas há anos, será que uma semana será fatal? Deve ser dada aos comerciantes a oportunidade de ficarem em casa parado, mas sem ficar olhando a mercadoria do dia das mães encalhado, com funcionário e fornecedores batendo na sua porta querendo receber. O sacrifício que os comerciantes Feira da Madrugada terão que suportar, não precisa ser tão grande, mas caberá as autoridades pensarem com humanidade a situação da Feira da Madrugada, que cremos será feito, quando ficamos cientes do PROGRAMA DE METAS do Governo Municipal.

 Um aflito, sem saída.

Postado pela AMEC-M

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